Estado do
Rio registra 30.871 casos de chikungunya este ano
Publicado
em 25/05/2019 - 19:11
Por Cristina
Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
O estado do Rio de Janeiro
registrou 30.871 casos de chikungunya do início do ano até a última
segunda-feira (21). O número representa uma elevação na comparação com o mesmo
período do ano passado, quando houve 22.100 notificações.
Os dados são da Superintendência
de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, da Secretaria de Estado de Saúde.
No município do Rio, o aumento
também é significativo. Em dados atualizados no dia 20 pela Secretaria
Municipal de Saúde (SMS), desde janeiro houve 11.392 casos, enquanto em todo o
ano passado houve 10.693 registros.
A SMS informou que desde 2017
alerta sobre a possibilidade do aumento do número de casos de chikungunya no
Rio, por causa do perfil epidemiológico da população.
“De todas as arboviroses que
ocorrem no estado do Rio, a chikungunya – que teve os primeiros casos
registrados na cidade em 2015 - é a de maior probabilidade de ocorrência, uma
vez que é causada por um vírus com o qual a maioria da população ainda não teve
contato. Isso faz com que grande parte da populkação esteja sem imunidade e
suscetível à chikungunya”, destacou.
Conforme a SMS, o aumento do
número de casos este ano ocorre justamente no período mais chuvoso e quente do
ano. “Como já era esperado, devido à sazonalidade das doenças transmitidas pelo
Aedes aegypti”, pontuou.
Combate
Na visão do médico da Secretaria
de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, ações simples e rotineiras da população
são suficientes para o controle e apenas dez minutos por semana são suficientes
para verificar possíveis focos do mosquito.
“A vistoria deve acontecer em
caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de
ar-condicionado. Com essas medidas de prevenção é possível evitar a
proliferação do Aedes aegypti”, disse.
Entre as ações de combate ao
mosquito Aedes aegypti causador das doenças, a Secretaria de Saúde tem
realizado ações como o Dia D para a verificação de locais, distribuição de
material informativo, laboratório para a exposição ao público sobre as etapas
de desenvolvimento do mosquito e orientação de como combatê-lo.
Além disso, tem feito vistorias
com drones do Corpo de Bombeiros para auxiliar agentes de saúde na busca por
focos do mosquito.
Houve também o lançamento da campanha Atitude contra o Mosquito, em diversos meios de comunicação, para alertar sobre os riscos das doenças e dar dicas de como eliminar os focos do vetor.
Outra medida foi a capacitação de
mais de dois mil profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, para
melhorar o atendimento aos pacientes com sintomas em casos de arboviroses.
De acordo com a superintendência,
técnicos da secretaria visitaram 36 municípios que apresentam maiores índices
de focos do Aedes aegypti para avaliar, junto às secretarias municipais de
saúde, os planos de contingência mais adequados para cada área. Os municípios
receberam ainda larvicida e adulticida para combater o mosquito.
Edição: Kleber
Sampaio
Tags: Chikungunya Rio de Janeiro
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